Eu gosto de abraços apertados,
daqueles que te deixam sem ar, que te fazem flutuar e por milésimos de segundo
esquecer onde estamos. Gosto de olhos nos olhos, carinhos, afagos e qualquer
outra forma sutil de demostrar sentimentos. Gosto de cartas sem serem esperadas,
com palavras sinceras que me façam sorrir... ou chorar, tanto faz, sou um poço
de sentimentalismo mesmo! Gosto de filmes melosos que me emocionem, mas também
gosto daqueles que me façam refletir. Gosto de poucos amigos, talvez porque poucos
seja a quantidade suficiente para levar pra vida inteira. Gosto de surpresas,
visitas, telefonemas, mensagens, recordações... Gosto de guardar coisas
antigas, agendas velhas, cartas amareladas quase deterioradas pelo tempo. Gosto
de recordar risos, encontros, despedidas, festas. Gosto de detalhes, dos mais
variados, como aquela música ou aquele livro que tinha uma citação que te faz lembrar
alguém. Gosto de poesias, de lê-las, senti-las e criá-las. Gosto de livros, do
cheiro deles, de ver minha estante cheia deles, apesar de ter um monte na fila
esperando ser lido. Gosto da minha bagunça particular, do meu guarda-roupa
cheio de coisas que só eu sei onde estão e quando vou usar. Gosto do barulho
das folhas nas árvores, do cheiro das flores, do céu azul, do pôr-do-sol, do
barulho da chuva batendo no telhado, da simplicidade. Gosto do simples, do
valor às pequenas coisas... Dar valor a simplicidade devia ser virtude
fundamental do ser humano.
E gosto de ser assim, gosto dessa essência que me fez, me faz e me leva...
Thaís Rigueira
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