quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Atrás da porta



Ninguém escutava
o que acontecia...
confissões, 
                       os sons.

Ninguém imaginava
o que surgia...
corações,
                      os tons.

Alguém que amava
dois sons,
dois tons,
beijos,
desejos.

E tudo era sentido,

afagado,
                  brindado 
                                      e amado
     
s i l e n c i o s a m e n t e

           atrás da porta...



Thaís Rigueira

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Simples




"Você viu a Lua sorrindo?

Foi porque nestes dias ela não estava sozinha..."






Thaís Rigueira








segunda-feira, 8 de julho de 2013

Trocando...



Tirei meus sapatos...

Não porque sentia desconfortáveis e apertados, até gostava deles. Mas é que percebi que me deixava no conformismo, e embora meus pés estivessem tão guardadinhos e quentinhos dentro de meus sapatos, percebi que sair, que estar livre é a melhor maneira de sentir, de viver. Mesmo que venha a dor, mesmo que ande por caminhos errôneos e mesmo que as vezes eles fiquem feridos e calejados, uma hora as feridas se cicatrizam e eu vou poder dizer que vi, vivi e que pude aprender algo com as dores. E em contrapartida, virão também outros maravilhosos sentimentos, os caminhos floridos de relva gostosa de pisar, com paisagens fascinantes e encontros inesquecíveis que só com a liberdade é que os sentimos, costumo dizer que são os melhores sentimento do mundo e que aprender com esses sentimentos dá mais vontade de caminhar, de sonhar, de realizar...

E depois de ter experimentado andar descalça, e de perceber que por vezes meus pés que andaram por tantos caminhos mereciam certo descanso, me propus uma troca...

E agora só ando de chinelinhos...
Descalça só fico onde não me machuca!



Thaís Rigueira

sábado, 8 de junho de 2013

Lágrimas na chuva





A chuva caiu,
molhou meu cabelo,
meu rosto,
meu corpo,
e aquela lágrima que descia solitária,
se juntou as milhares de pingos de chuva.
Onde estava ela agora?
O gosto salino se confundiu, 
com gosto de nada, 
com gosto de chuva,
com gosto que passa,
e meu sorriso engoliu 
uma tempestade de emoções...

Thaís Rigueira

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Tanto



De tanto mar, 
me afoguei.
Eu que achava que sabia nadar...
De tanto nadar,
procurei
algo que me fizesse acalmar.
E de tanto amar,
mergulhei,
agora nem penso mais em voltar...



Thaís Rigueira

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Aqui dentro...




Te olho de dentro pra fora.
Me olhas de fora pra dentro.
E embora meus olhos sejam janelas
em que olhas agora,
ainda preciso que saibas 
o que se passa aqui no centro.
Centro que outrora era alma
machucada, triste, esmorecida.
E que só de te olhar encontrou calma,
nessa simples vivalma,
encontrou vida.





Thaís Rigueira

terça-feira, 7 de maio de 2013

34 & 41




O meu 34 com teu 41
quando estão cansados 
aliados se tornam um.
E quando fadigados
gostam de ficar pertinho
que mesmo tão calejados
pedem e dão carinho.
E quando a ligação intercala 34 e 41
fica quentinho os pezinhos
que aliados se tornam um,
par bem comum...


Thaís Rigueira

terça-feira, 2 de abril de 2013

Beleza que não se compra




Me despi!
E encontrei algo muito melhor que roupa
encontrei
...
alma.






Thaís Rigueira



Súplica sertaneja



Chuva...
ora garoa
ora torrencial
ora que é veluda
ora que faz mal
ora faz preces quando se esta brutal
ora agradeces pelo seu final
ora se oras pela sua chegada
ora se choras pela sua falta
ora que chegues antes da morte
oras, onde há de estar nossa sorte?
Vejo a hora que chegue nesse imenso Sertão
Que caias, oh Chuva e que vire plantação.
Caia veluda
Pra eu plantar meu milharal
Chegue sem licença
Antes que chegue meu final...



Thaís Rigueira



sexta-feira, 15 de março de 2013

Agradecimento



Ontem, dia da poesia, a UPE - Campus Mata Norte promoveu um encontro afim de celebrar esse dia. Além de apresentações sensacionais (Upé de Coco, Renan Peixe e homenagens ao Prof° Apolinário) houve a entrega das medalhas para os ganhadores no concurso do MEL-Movimento de Expressões Literárias, liderado pela Profª Avanilda Torres.

Upé de Coco
Upé de Coco


Da esquerda: Belma, Ilka, Profª Avanilda, eu e Alexandre



Poesia:
1° Poeta da Liberdade - Rogério Salustiano
2° Vontade - Thaís Rigueira
3° Corre, só corre - Ilka Souza
Menção Honrosa: Amor e Poesia - Belma Andrade
Menção Honrosa: Cana de Fel - Alexandre Miguel

Conto:
1° Nuvens - Thaís Rigueira
2° Memórias de um recém poeta - Alexandre Miguel
3° Elefante - Riodenes de Melo

Crônica:
1° Verbos praticados em um encontro - Aline Carla
2° Um último romance - Gilson José

Peça:
1° Rendevous - Edna Camila
2° Da fundação e da realeza de Jeripaguá - Rogério Salustiano



Por meio deste post, eu agradeço de todo meu coração a todos que estiveram conosco, pelo apoio, pela força, pelos elogios, pelos abraços, pelos aplausos e em especial pelos pensamentos positivos a todas as apresentações.  

Meu agradecimento particular vai para minha amada mãe Angela e ao 'Bem' da minha vida Renato (que aliás deram uma pausa no trabalho e foram me prestigiar), além das minhas tão queridas amigas Sarah, Thainã e Ilka. Também quero e devo não só agradecer, mas também parabenizar os alunos do 5° período de Letras, que não só estavam em peso nas premiações, mas também na plateia. 

Como já tenho dito em outras ocasiões, as palavras expressam melhor o que minha voz exala, então desculpem o nervosismo, a 'vontade' de mostrar meus sentimentos é bem maior que minha voz.

Muito Obrigada!



Thaís Rigueira




Todas as poesias, contos, crônicas e peças teatrais dos ganhadores do concurso podem ser vistas no link:


quinta-feira, 14 de março de 2013

Eterna


"A poesia nunca morre,
ficará sempre guardada em 
uma citação,
um livro,
um pensamento,
lembranças.

Quem morre somos nós.

Mas se você faz de tua vida uma poesia,
nela te tornarás imortal "


Thaís Rigueira




*Dia da poesia

quinta-feira, 7 de março de 2013

Balões



Sou um balão a voar no céu!

Vou por aí, nesse tão vasto céu, onde o vento me leva por lugares que ainda não conheço. Pois é, eu deixo o vento me levar, sem essa de avião, rota ou qualquer coisa do tipo. Pensei que ser um balãozinho faria minha vida melhor: senti o vento acariciar meu rosto com leveza, conhecer todos os lugares com calma. Não aqueles lugares que um avião te leva ao local certo. Falo daqueles lugares que ninguém ainda foi...que só um balão foi; não falo de uma pista de pouso sempre a esperar, falo de um lugar a ser pego de surpresa. Não me refiro a lugares dos sonhos, onde milhares de pessoas sonham todos os dias em ir, falo de um lugarzinho modesto, falo de um pouso tranquilo, quem sabe em uma relva, quem sabe à beira mar, quem sabe não saber onde? Penso que ser um balãozinho seja bem mais divertido que ser um avião, penso na viagem lenta que é mais apreciada, penso que pensar em ser um mero balão me leve a lugares bem mais inesquecíveis e ainda me proponho a pensar no que me espera quando eu simplesmente me soltar.

Ah, e soltar balões é crime? Já me soltei... Sou criminosa?




Thaís Rigueira




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Prazer em conhece-lo!


(Ao Amor)



Abri a porta e deixei-o entrar.
Nem pediu licença,
entrou,
sentou,
deitou,
se acomodou
e por lá ficou.
Pedi pra sair?
Óbvio que não!
Aguardava com deleite sua chegada!







Thaís Rigueira

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Perdendo Tempo




" Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante."
Antonie de Saint-Exupéry



E como é tão belo perder tempo com as coisas que amamos. O tempo acaba por não se perder, tornasse valioso cada segundo e o desperdício vira ganho. 
Perder tempo com algo que nos cativa é uma perda de tempo maravilhosa.
Perder tempo com o que nós gostamos significa ganhar tempo para as coisas que amamos. 
Perder tempo com o que nos faz bem significa ganhar horas inesquecíveis  por mero que seja o momento.
E cá entre nós...é nessas horas, nas perdas de tempo, que é bom perder... que é bom perder-se!


Thaís Rigueira


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Dor


Machuca meu peito 
Tira lágrima de meus olhos
Me faz sonhar com o que já passou
e o que não voltará.
Me faz rir do que vivi
e do que ao teu lado outrora passei.
E nas fotos, vejo os sorrisos,
por trás de cada um deles, uma história distinta.
Sinto uma dor,
dor que sobe no peito, dá nó na garganta
e volta...
sem nenhum indício exterior,
tornando-se irrevogavelmente particular.
Porque em meu interior, onde surgiu essa dor
uma voz serena me diz que estás a descansar, 
que estás bem,
que estás sem dor...
E a lição que deixastes para nós: 
Lutar desde o começo...
Lutar até o fim...
E continuar a lutar porque essa jornada foi encerrada,
mas a tua próxima jornada está apenas no começo de outro começo...




Dedicado a Gilda C. Fernandes
(Tia Dida)


Thaís Rigueira