terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Decifra-me ou...




Procure em mim algum vestígio do que queres;
Veja se além das janelas de minha alma esta o que tanto procuras.
Decifre meu olhar...
Nele esta o que procuras?
Ou que procuras é o que realmente você merece...
Meu olhar é demais para ti?
Ou que te passo é algo mero?
Se é isso que pensas,
não adiante me olhar...
Aqui, bem aqui...além deles...
não passará de hieróglifos para ti...

Thaís Rigueira

sábado, 28 de janeiro de 2012

O som da chuva

A melodia que a chuva faz
Batendo incansavelmente no telhado
nem ela seria capaz
De me tirar da solidão desse quarto
Chuva, me faz um favor
E manda pra ele esse recado
Gostaria de ter sido seu amor
E que ele tivesse sido meu amado
E que a melodia que vem de ti oh chuva
Fosse a trilha sonora de um casal enamorado
Mas és lágrima impetuosa do fim de uma história, de fato
Que terminou ‘colorindo de saudade meu quarto’
Onde cá ouço acordes da chuva
Tocando em meu telhado.


Thaís Rigueira



P.s.:Só pra constar,tomei emprestado um trecho da música de Leoni "Fotografia".

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lágrima









Corre em minha face uma lágrima.
Pra quê tanta pressa para tocar o chão?
Por que simplesmente não acaricia minha face.
Não corra... caminhe!
Deixe sua marca sob meus olhos penosos
e ao invés de tocar o duro chão,
morra em minha boca,
deixe ela sentir o gosto salino da emoção.




Thaís Rigueira

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Amar, Mar, Ar...



Mar, mar, mar...amar mar
Maresia de amar no ar...
Seria amar tão profundo quanto o mar?
Seria o mar tão infinito quanto amar?
Seria o sal do mar comparado ao amargo de não amar e nem se deixar amar?
Ou seria ele o tempero que falta para o complemento de amar?
Essa vã dúvida me faz comparar mar com amar...amar com mar
Uni dois universos visível e invisível...não só pelo fato de rimar
Mas de saber que gosto de A...amAr!


    Thaís Rigueira                                                                                                                   


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Nuvens - Um breve conto





- Vovó, quando a gente morre, fica lá em cima deitado nas nuvens?

Lembro-me dessa inocente pergunta, a doce nostalgia daquele momento quando estava sentada no batente na frente de casa, admirando o céu naquelas gostosas tardes de primavera, onde o vento acariciava nossos rostos e cabelos, as palavras se confundiam, ora com o silêncio, ora com risadinhas.

-Não sei meu bem, mas um dia a gente descobre.



-Parece ser tão bom ficar deitada ali né?



A inocência das minhas palavras, das palavras daquela garotinha, parecia até que mundo era a pura perfeição, e minha vozinha, sentada no cantinho do sofá, óculos grandes, redondos, vestido florido cinza e sempre lendo a Bíblia, tinha em suas feições muita sabedoria no que lia e calma para escutar o que eu perguntava.



Nesses dias, as horas nem passavam tão rápido, não precisava correr tanto, não tinha pressa e cada minuto que se passava a única coisa que me compenetrava era a mudança das nuvens, da próxima figura que surgiria, e mais figuras, mais imagens...



-Olha vovó, aquela ali parece com um gato...



E ela, tão serena, pernas cruzadas, dava uma pausa em sua leitura olhava junto comigo.



-Parece um macaquinho...



Eram essas simplicidades que me faziam olhar o céu constantemente.
Depois de anos, precisei correr, estudar, trabalhar e correr mais um pouco, confundir meus passos com as demais pessoas da cidade, acordar cedo, dormir tarde...ter pressa pra tudo...



Mas hoje, tarde de domingo, coincidentemente uma tarde calorosa de primavera, sentei no batente de uma porta, não aquela que sentei um dia, mas o quadro que eu estava diante dos meus olhos era a mais pura perfeição da minha infância, os algodões no céu formando figuras, imagens...



De repente, vejo um gato...ou será um macaco... um macaquinho?



Será que...será mesmo?



E como se houvesse alguém por ali a me ouvir, a voz da minha criança interior saltou num estalo:



-Ah vovó, então é nessa nuvem que a senhora esta não é?




"Dedicado a Rita Guedes de França" 



Thaís F. Rigueira


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Trilha sonora






“Flores e sons banhem seu caminho
Ouça a voz que vem do seu interior.
E faça dessa suave melodia,
a trilha sonora
da sua vida,
de seus dias.
Sua exclusiva canção de amor.”



Thaís Rigueira



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Guizos



Milhões de guizos sem som,
Costurados perfeitamente em um pano azul marinho aveludado,
Emprestam seu brilho para nossos olhos.
Que belo acabamento!
Linhas invisíveis ligam guizos formando constelações,
E os solitários possuem brilhos distintos...
Esse tecido que nos cobre em uma noite sem luar
Nos faz deitar na relva, nestes calorosos dias de fim de primavera.
O hálito de frescor da noite nos envolve
e tempo caiu em nosso esquecimento.
Porque tudo que nos interessa agora
É se cobrir neste manto,
E sonhar de olhos abertos,
Imaginado figuras,
Como nuvens...
Como milhões de guizos sem som.



Thaís Rigueira




Fica dica: Leiam  O Pequeno Príncipe


" Tu se tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

:)


Sempre haverá um motivo para sorrir,
por menor que seja,
mesmo que seja de leve insignificância,
sorrir sempre valerá a pena.
Mesmo que a máscara da tristeza encubra suas feições,
e encharque seu coração,
seus olhos esperaram por um motivo para de novo sorrir...
Leve, tímido, mas ainda sim Sorriso.
E assim,
sorrindo,
estarás rindo,
sorrindo,
de repente só rindo...
só ou não,
mas sorridente...
Thaís Rigueira


sábado, 7 de janeiro de 2012

Aversão

                     

                      Vidas que se arrastam e deixam pelo caminho
                         Insanidade de pessoas que praticam
                           Odio que se misturam com dor e
                               Levam embora sonhos de toda uma vida.
                                  Em consciência desse fato, viver
                                     Não é mais uma incógnita, é tornar 
                                        Concreta o
                                           Imolo da
                                             Alma.
                                
                                             Assim, como em um espelho,refletindo a
                                           Imoralidade do hoje
                                        Causando, em muitas vezes
                                     Nostalgia e saudade,restando
                                  Entre tantos,
                               Lágrimas,
                            Odio,
                          Incertezas,
                       Vazio...



Thaís Rigueira


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Iniciando!

Resolvi por em prática minha vontade de anos.

Através do Vivendo sem Script, quero mostrar ao público alguns manuscritos passados, sentimentos passados e recentes, mostrar através de minhas palavras o que sinto a forma como vejo minha vida e daqueles que me rodeiam, como gosto de vive-lá e como ela pode ser feita sem roteiro e ainda sim, ser feliz...

Espero que apreciem sem nenhuma moderação, e claro, estou pronta a ouvir sugestões, críticas e qualquer outro tipo de manifestação.


Thaís Rigueira