Bailarina

Fico na ponta dos pés

Para tocar os seus lábios.

Porém, não me canso

Sempre tive um certo dom pra dança.

 

Thaís Rigueira

Pra quem és, verso meu?

Meu verso se torna livre

Viajando em meu pensamento

E como se fosse por encantamento

Mergulho em sílabas sinuosas.

A caneta me faz rabiscar

Letras que há tempos desejo

E como se fosse num lampejo

A ideia vem me encontrar.

E nesse encontro sinto-me radiante

Meu coração saltou num pulsar

E como se fosse num sussurrar

Meu verso sai irreverente.

E pra quem escrevo? Quem me inspira?

Se não for para ti, então quem será?

Será que um dia irei revelar?

Ou deixarei o mistério pairando ar?

Thaís Rigueira

Viagem

Um salto!

E de repente saiu da minha poltrona confortável.

Avisto paisagens, novos rostos e os mais variados sentimentos afloram em mim.

Magia indescritível...

Um arrepio percorre minha coluna;

às vezes sinto um sorriso nos meus lábios,

outras vezes brotam lágrimas dos meus olhos...

Que mesmo marejados, não se cansam de percorrer por cada letra, palavra, frase, parágrafo, página, capítulo...

Alegria, tristeza

surpresa, indignação...

Final feliz? Algumas vezes não!

E ao final, lá na última página...um suspiro...

                                                             
                                                        ...que viagem maravilhosa!

Thaís Rigueira

Vontade

Sobe num ímpeto

Preciso saciá-la.

Me consome,

louca vontade.

Alguns dizem que logo passa,

outros dizem que é fogo de palha,

Mas do que seria o desejo,

aspiração, anseio...

Um capricho, fantasia, veleidade?

Ânimo firme, firmeza, coragem?

Se junta tudo

e tudo vira vontade.

Thaís Rigueira