Achava que um belo dia ela viria
aqui em casa me fazer uma visita de surpresa, como há muito tempo não a via,
sei que gastaria um pouquinho do seu tempo pra me ver.
E nos abraçaríamos e lembraríamos
doces momentos, na infância, dos desfiles de São João em que ficava encenando
beijos para o público. Sempre carismática! Lembraríamos que no beco na sua casa
tinha uma “mini” casinha e gostávamos de ficar por lá brincando de boneca.
Lembraríamos da carta que me
escreveu quando já estava no Rio... naquele tempo, nada de e-mail, era por
carta mesmo... e até hoje a tenho... a propósito, dei uma lida nela ontem...
Lembraríamos do quanto era linda
e pura nossa amizade e que mesmo longe e a tanto tempo sem nos ver, o desejo
de saber o quanto ela estava feliz me deixava feliz era um vice-versa!
Então ontem recebi a notícia de
sua partida...
A primeira coisa que veio a minha
mente: “Nunca mais vou vê-la!”. Me agarrando a essa frase, meu coração se
encheu de profunda tristeza. Como um filme, passou por minha cabeça todos os
momentos que pude compartilhar com ela e as lágrimas vieram! Não éramos de fato
mais as melhores amigas, mas o carinho que sentia (e ainda sinto) por ela é
puramente sincero...
O céu recebeu mais uma estrela...
Espero que o anjo que a levou tão cedo a guarde e cuide muito bem dela...
Fui deitar, mas não consegui
dormir, orei por sua alma, pedi pra pudesse sonhar com ela, só um sonho, um
sorriso, um abraço rápido, um mero ‘Oi’... mas não sonhei!
Quando acordei pela manhã sua
lembrança era ainda muito nítida e a tristeza continuava, mas algo estava
diferente! Acordei com trecho de uma música na minha cabeça.
Não houve sonho pra contar, mas
sei que foi ela que mandou essa música como recado a todos que a amam...
“QUALQUER DIA AMIGO EU VOLTO A TE
ENCONTRAR...
QUALQUER DIA AMIGO A GENTE VAI SE
ENCONTRAR...” *
Até lá amiga!
Thaís Rigueira
Dedicado a Évila Flávia
(Evinha)
02/09/2012